Riscando o Impossível

by - 14:23

Sobre sonhos imensuráveis, vontades eternas e correr atrás.

As pessoas vão sempre procurar algum motivo para dizer o que podemos e o que não podemos fazer. Alguém sempre vai dizer que isso é impossível, que aquilo é ridículo e idiota. Sonhos são apenas sonhos, não é mesmo? 
Sou uma dessas pessoas que sonha constantemente e, infelizmente, a grande maioria deles está na lista de “inalcançáveis”. Já perdi a conta de quantas vezes eu decidia compartilhar algum desejo e soltavam uma risada abafada, me olhavam torto ou simplesmente diziam que nunca seria possível. Eu quero saber quem foi que criou a escala de medida dos sonhos. Alguém, por favor, me passe essa lista de sonhos possíveis e sonhos impossíveis.
Nunca me encaixei na parte da sociedade que se conforma facilmente com o lugar das pessoas, com a maneira de viver considerada “normal” e “aceitável”. Eu sonho muito, demais. É um saco na maioria das vezes, mas é maior do que eu. Incontrolável. Já é difícil aceitar algumas coisas em mim mesma, e ter alguém constantemente dizendo que não vou conseguir só piora ainda mais essa minha revolta eterna. Não importa o tamanho do seu sonho, ele sempre vai ser considerado impossível para alguém.
Eu sonho com lugares, com momentos, com pessoas, com desejos. Sonho com sonhos. Sonhar faz bem, gente. Acho que o dia em que eu parar de sonhar, vai ser o dia em que o mundo perdeu de vez o pouco sentido que ele já tem para mim. Acho que é esse constante sonhar que me faz levantar todos os dias da cama e buscar realizar esses devaneios. Quando alguém me diz que eu não vou conseguir, algo lá dentro de mim se revolta e só por birra me faz correr atrás e tentar fazer acontecer. Nunca vou esquecer o dia em que um amigo que eu considerava tanto me disse que eu nunca iria conhecer meu ator preferido (olá, Ian Somerhalder) e que era melhor eu esquecer de vez essa bobagem. Era um sonho impossível e ponto.
É incrível como uma decepção nos marca mais do que uma realização. Pelo menos é assim na grande maioria das vezes. Por que ele não poderia simplesmente ter deixado aquilo quieto? Para meu amigo era uma bobagem, algo sem significância, para mim era um enorme desejo, um sonho. Aquilo me marcou e acho que nunca vou esquecer essas palavras. É uma besteira? Sim. Mas foi uma decepção e tanto. Sabe aquele balde de água fria que jogam quando menos esperamos? Pois é. Infelizmente isso acontece bastante comigo mas estou aprendendo a cada dia a não desistir e continuar tentando provar que os outros estão errados. Tenho quase certeza de que grande parte da minha vida vai se basear em provar para as pessoas que eu sou capaz de algo que muitos não consideram possível. E assim eu espero, de verdade. O “você nunca vai saber se não tentar” é um clichê que faço questão de levar comigo. Vai que... 
Acho que tudo começa com o eterno “Eu tenho um sonho”. Cabe a nós decidir se ele é impossível ou não. Quer saber? Estou oficialmente excluindo essa palavra idiota do meu vocabulário. “Impossível” não existe mais. Cabe a nós decidir se ele é possível ou não. Se um sonho não foi realizado, às vezes não era pra ser, não é mesmo? Mas quero descobrir isso por mim mesma. Quero ter a oportunidade de dar a cara a tapa e poder dizer que eu corri atrás de um sonho e tentei fazê-lo possível, por mais estúpido que ele tenha sido. Por que a certeza dos outros deve ser maior que a minha vontade de realizá-lo?
O sonho considerado impossível pelo meu amigo? Bom, conheci meu ídolo e tenho fotos para provar e abraços para lembrar. Foi com ele que tive uma das conversas mais marcantes e significativas de todas e não só porque ele é alguém que admiro muito. Realizar um sonho já é bom, mas realizar um sonho quando todos diziam que não seria possível? É indescritível. Eu tenho um sonho. Um não, inúmeros. E estou mais do que disposta a correr atrás para realizá-los, porque nada é melhor do que sentir aquele calorzinho no peito e poder falar: “É... Consegui.”. 

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