Resenha: Os Cárpatos - Príncipe Sombrio

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O livro Príncipe Sombrio não foi fácil de encontrar. Procurei em várias livrarias e sempre estava em falta, tive que procurar bastante na internet até achar no site das Lojas Americanas. Já havia lido muitos comentários sobre a série Os Cárpatos, principalmente em fóruns e sugestões de livros para aqueles que gostaram da Irmandade da Adaga Negra. Morrendo de curiosidade, foi comprovar por mim mesma.  
Os Cárpatos são como vampiros, mas possuem um lado menos sanguinário e assassino. São possessivos e intensos, mas não são assassinos desenfreados. Os Cárpatos são uma espécie em extinção, pois há muitas gerações por motivos inexplicáveis, não nascem mulheres e achar uma companheira está cada vez mais difícil. Ao contrário dos humanos, quando um macho encontra sua verdadeira companheira, não existe nada além dela. Não há traição, desapego e suas vidas estão interligadas para sempre. O elo entre companheiros não é algo “voluntário”, eles apenas sabem, parece e é certo por natureza. Os machos Cárpatos estão lutando constantemente contra o verdadeiro lado vampiro de sua existência, o lado negro e perigoso. Suas companheiras dão luz e significância para sua vida, são elas quem os trazem de volta de sua escuridão existencial. O que fazer quando cada vez mais e mais Cárpatos se entregam ao seu lado negro e não parece haver mais esperança para a espécie?
O primeiro livro da série, Príncipe Sombrio, conta a história de Mikhail Dubrinksy, o príncipe dos Cárpatos e seu encontro com sua companheira Raven Whitney.


“Mikhail Dubrinksy é o Príncipe dos Cárpatos, o líder de uma sábia e secreta raça ancestral, que vive na noite. Tomado pelo desespero, com medo de nunca encontrar a companheira que iria salvá-lo da escuridão, a alma de Dubrinksy gritava na solidão. Até o dia em que uma bela voz, cheia de luz e amor, chegou a ele, atenuando sua dor e seu anseio. Raven Whitney possui poderes telepáticos e os utiliza na captura dos mais depravados serial- killers. Desde o momento que se conheceram, Raven e Mikhail foram incapazes de resistir ao desejo que faiscava entre eles. Mas, forças sombrias tentarão destruir esse frágil amor. E mesmo que sobrevivam, como poderão – Cárpato e humano – construir um futuro juntos? E como o príncipe dos Cárpatos poderia trazer Raven para seu mundo sem extinguir as cores que a embelezam?”


No começo, fiquei um pouco incomodada com a velocidade da conexão e obsessão dos protagonistas, principalmente de Mikhail. Ao contrário de outros livros, não há uma trajetória até que Raven e o Príncipe se apaixonem, é praticamente no primeiro segundo que trocam palavras. Mas ao longo da leitura, fui entendendo mais o porquê de tudo aquilo. Imagine séculos de escuridão e tormenta, você acabou perdendo a capacidade de ver cores e até de sentir, você está a um fio de desistir de tudo quando, de repente, uma voz é capaz de te dar um futuro de esperança, um sentido para tudo aquilo. O que você faz? Você se agarra àquilo com tudo que pode. É basicamente isso que Mikhail faz com Raven, que se vê perdida no meio daquele mundo desconhecido e sombrio que ela entra irrevogavelmente.
A idéia de que encontrar sua verdadeira metade lhe devolve as cores, os sentidos, me tocou. Nunca havia lido um livro que tratasse o encontro com seu verdadeiro amor dessa maneira e achei interessante.
Fiquei incomoda com o autoritarismo de Mikhail e Gregori ao longo da história mesmo gostando de homens assim. Penso que Raven deveria ter se imposto mais – e olha que ela bate de frente com Mikhail a história inteira. O livro só se assemelha com IAN no quesito dos guerreiros e a possessividade dos machos com relação à suas companheiras, o resto é história.
Algumas partes da narrativa podem soar repetitivas, mas de acordo com alguns usuários do Skoob o motivo é que o livro atual não é a versão original e sim uma comemorativa com trechos inéditos e cenas excluídas. Não foi algo que me incomodou, honestamente.
Uma coisa que me incomodou durante a leitura foi a falta de clareza nas descrições dos lugares. Algumas vezes me perdia porque não sabia se haviam mudado de cômodo ou de ambiente, mas pesquisei e percebi que grande parte disso se deve à tradução incoerente. Mas como não li o original em inglês não posso afirmar isso com certeza.
O livro ganha pontos no quesito criatividade, fluência da narrativa e não possui muitas cenas desnecessárias.
Nos EUA já foram lançados 24 livros da saga (o primeiro livro, Príncipe Sombrio é de 1999) enquanto no Brasil apenas 3 foram publicados, mas a Universo dos Livros me informou pelo Twitter que veremos Cárpatos em 2014.
Para quem gosta de romances paranormais, Príncipe Sombrio é uma boa pedida e Os Cárpatos estão começando a ganhar força aqui no Brasil, ainda vamos ouvir muito sobre essa série, então não deixe de conferir.        
Príncipe Sombrio da série Os Cárpatos foi escrito por Christine Feehan e publicado no Brasil pela editora Universo dos Livros. O segundo livro é intitulado Desejo Sombrio e o terceiro Pecado Sombrio

Classificação: 4,5/5 estrelas.

“Olhos azuis. Azuis. Ela tinha olhos azuis.
Foi só nesse momento que ele percebeu que estava vendo em cores. Cores vívidas e brilhantes. Se não estivesse na forma de pássaro, aquele brilho inesperado após um mundo de cinza o teria impressionado, assim como as emoções que o invadiram – mas não podia ser. Ficou totalmente paralisado, com medo de se mexer, de pensar, com medo de perder aquele precioso presente que não deveria ser dele.” 


Gostou da resenha? Já leu o livro ou ficou com vontade de ler? Não deixe de comentar!

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5 comments

  1. Estou apaixonada por ele sério, parece ser muito muito bom.
    blogsalsita.blogspot.com

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  2. Amei a postagem ! Parabéns pelo blog :)
    Te convido para dar uma olhadinha no meu !
    Bjos
    Fanpage -https://www.facebook.com/pages/Please-I-want-a-coffee/1381744265426374?ref=hl
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  3. Estou apaixonada. JÁ estou no livro 8.

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